Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de março de 2012

Fraternidade e Saúde Pública.

QUE A SAÚDE SE DIFUNDA PELA TERRA ( Cf Eclo 38,8)

A Campanha da Fraternidade 2012, trata do tema Fraternidade e Saúde Pública. È um convite da Igreja do Brasil para refletirmos, discutir e debater este tema tão contundente. É objetivo desta campanha, refletir sobre a realidade da saúde no Brasil tendo em vista a nossa sensibilização para com as pessoas que dela são privadas e com isso o sistema de saúde vigente possa ser melhorado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a definição de saúde não se refere apenas à ausência de doenças e sim, ao estado dinâmico de bem-estar físico, mental, espiritual e social. È importante ressaltar que existem fatores determinantes e/ou predisponentes à saúde, que incluem o ambiente social e econômico, o ambiente físico, as características e comportamentos individuais da pessoa e comunidade, acessibilidade ao atendimento de saúde e a percepção de saúde de cada cultura. Em uma pessoa ou coletividade estes fatores podem estar presentes ou não.
O conceito de saúde, supracitado, é muito lembrado e elevado como uma meta. Porém, no chão da realidade, continua sendo um anseio da população.
Ao longo dos anos a saúde tem ficado distante da maior parte da coletividade, pois muitos dos fatores que predispõem à saúde têm faltado. O acesso à saúde deve ser atendido como ter condições mínimas de saneamento básico, moradia, lazer, educação, cultura, alimentação e água potável, acesso a saúde curativa. Nossa sociedade tem deixado grande parcela da população privada das mínimas condições necessárias para dispor de saúde. Políticas públicas de inclusão social e acessibilidade à dignidade, integridade e qualidade de vida estão em falta! Falta respeito com o ser humano quando ele é privado de qualidade de vida.
O sistema de saúde brasileiro, o SUS (Sistema Único de Saúde) é inspirado em belos princípios, tais como a universalidade, equidade e a integridade. O Brasil quer ser modelo para o mundo em sistema de saúde, e deveria mesmo ser, pois a ideia  é ótima, mas não se pode dizer o mesmo da implantação. Ainda falta muito para poder se falar em saúde conquistada de fato. Faltam políticas públicas que visem o ser humano de forma global e não apenas como alguém que precise curar uma ferida, realizar um exame. A maior ferida da coletividade que busca saúde são as condições melhores de vida, cujo próprio conceito de saúde nos diz, dinamicamente constroem bem-estar.
O ser humano não é só uma aresta, mas uma complexidade fascinante. È educação, lazer, cultura, alimentação, saneamento básico, água potável, religião. E è também poder cuidar do seu corpo e evitar doenças. A CF de 2012 vem para nos alertar da necessidade de olhar para saúde pública e nela enxergarmos nossos irmãos e irmãs que estão à margem. Somos convidados neste tempo de conversão a converter nosso coração a ir além. É preciso ouvir, sentir, descer e ir às margens, estar com os irmãos e irmãs e como discípulos do Salvador fazer parte da transformação da realidade.
                                                                                     
                                                                                   Ir. Janice de Bona, Salvatoriana.
Fonte: O Desafio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário